quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Solar

Quando fui sair de casa hoje minha mãe me perguntou duas coisas: "passou protetor solar?, "vai ouvindo música mesmo, e se alguém te roubar?". Disse a ela que já estava quase de noite e que se alguém me parasse eu daria o celular sem pensar duas vezes. (rebelde o menino, não?)
Estava ouvindo umbilical
Vi os carros passarem lentos, os pássaros voarem rápido, a igreja vazia vazia, e o sacrário sempre lá, disponível, como abraço de mãe... 
Sentei no banco e rezei. 
Pedi o que sempre peço há séculos. Mas hoje, diferente, tinha um gosto de saudade em cada palavra que dizia (involuntariamente, mesmo que em pensamento apenas). 
O CD já tocava pela metade quando saí. Era a trilha sonora perfeita pra um filme ameno, para um dia nublado como foi hoje de tarde. 
A grama da praça estava incrivelmente verde quando passei andando pelo meio fio dos canteiros. Depois foi só calçada velha, quebrada... Continuei mesmo assim. 
E numa encruzilhada, bastou virar o quarteirão para me deparar com o motivo que me fez escrever esse texto todo. Motivo que agora enquanto digito se esvai por entre duas montanhas (acho que são as de Itabaiana). 
Foi o sol, minha gente! Mas não qualquer sol: aquele amarelo, com vergonha de se avermelhar. E tudo o que eu queria era mesmo estar ali, naquela outra praça velha (mas que moldura perfeita!), de chinelos mesmo, mas de rosto iluminado. 
A caminhada, caminhar em direção ao sol vale.

Um comentário:

  1. Preciso fazer 3 observações:
    1. Quando você falou que viu algo numa encruzilhada, já parei de ler só pra poder rir. Pensei que fosse macumba! kkkkk
    2. "A grama da praça estava incrivelmente verde" me lembrou uma música (advinha!) da Florence, que diz: "The grass was so green against my new clothes"
    3. Quando você segue em direção ao Sol, o caminho a sua frente sempre é iluminado!

    Uno!

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